quinta-feira, 25 de março de 2010

Gotas, gotas, gotas...

Hoje o dia não está muito contente aqui em São Paulo, deve ser alguma reação ao júri de Nardoni e Jatobá. Convenhamos, Jatobá é nome de culpada não? Alguém já comeu ou apenas cheirou um jatobá? Bom, vamos aguardar, apesar de achar que o casal entrou em campo com jogo perdido, a vida é uma caixinha de surpresa.



Tenho me atentado a pequenos detalhes, eles são bastante dispostos a nos ensinar grandes lições. E como já palestrei aos jovens de minha igreja, atenção aos pequenos detalhes é sinal de sabedoria, pois revelam coisas futuras. Enfim, hoje assisti a segunda aula de Técnica de Estudo, aquela que me incentivou a dormir mais cedo e me fez procrastinar algumas necessidades fisiológicas... (na dúvida clique aqui)



Passei no Departamento Acadêmico da Faculdade, conversei com um pessoal, li um artigo sobre o Estado Laico e perdi uma partida no truco, ao sair de lá, um amigo de classe meu e eu fomos surpreendidos por um princípio de chuva, que rapidamente resolveu enfurecer, não deixando escolha para nós a não ser regressar ao Mack e enfiar as caras nos livros na Biblioteca. Li a revista Veja sobre o Daime, interessante, já tinha buscado algo no Google, e definitivamente vejo que cada dia mais as pessoas precisam de espiritualidades forjadas para fugir da realidade. Viver racionalmente não é pra qualquer um, por isso criamos mitos, assunto relevante para um futuro texto.



Próximo das 16h resolvemos, Evander e eu, ir embora, mesmo embaixo de uma pequena chuva, afinal o temporal já havia passado e protelar mais alguns minutos para voltar seria praticamente um ato suicida (horário de pico no metrô), passando pela Rua Maria Antonia, meu amigo comprou um guarda-chuva, uma grande guarda-chuva, dividimos este abrigo até a estação, e nesse caminho fui inspirado. Todos sabem que dividir guarda-chuva é uma saga épica, um há de se molhar, enquanto outro usufrui do lugar seco. Questionei algo: a insatisfação em ser levemente molhado usando um guarda-chuva é muito maior do que quando estamos literalmente tomando chuva, nos molhando inteiramente. Certa vez li sobre uma tortura nazista que consistia em usar o pingo d’água na testa para deixar louco o torturado.



Talvez isso queira nos dizer algo: comprometimento. Até que ponto estamos entretidos em nossas aspirações? Davi, discorra melhor essa analogia.


– Ok!



Quando tivermos a intenção de trazer algo novo em nossas vidas, seja mudança, seja relacionamento, seja estudo, seja profissão, seja o que for, faça da melhor forma possível. Não permita que haja imperfeições, não se dê o direito a pequenas tréguas. Olhe, arquitete, sonhe e execute com louvor, tenha tesão e seja apaixonado, porque um pequeno desdém pode gerar algumas gotas, que expressarão certa atitude aquém do seu projeto, que podem mesmo em doses homeopáticas te fazer infeliz e insatisfeito, não permita que haja furos no seu guarda-chuva e nunca saia debaixo dele, e se for dividi-lo, certifique-se que ele é do tamanho da necessidade de ambos.



Falhar deve ser acidente de percurso, as gotas que te umedecem são as responsáveis por retrocessos no projetos, mas por outro lado, são elas tão pequenas que tornam-se fáceis de consertar. O projeto é teu, e a manutenção dele, mais ainda.

Nenhum comentário:

Postar um comentário