quinta-feira, 6 de maio de 2010

Felicidade, quão bom não tê-la

Pelo MSN hoje tive uma conversa interessante com um amigo meu, Yuri, de São Carlos, torcedor do São Paulo assim como eu, e ainda nutre um fanatismo pelo time de sua cidade, que talvez tenha o mesmo nome dela, sim, acredite, existe um time de futebol em São Carlos, ainda mais: existe alguém que torce para ele. Enfim, não se trata de futebol minha abordagem, aliás, só escreveria sobre isto caso tivesse uma arma apontada a minha cabeça me obrigando a este ofício.



Falamos sobre felicidade, por questão ética me atenho apenas ao assunto principal. Felicidade certamente é uma das palavras mais faladas, em contrapartida a menos explicada. Fato: discorra mentalmente a definição de felicidade. Vamos facilitar, dê um sinônimo plausível para ela. Defina-a em apenas uma vivência pessoal.



Enfim, o que é essa tal felicidade?



Sabemos que temos um affair com o desconhecido, até temos certa curiosidade não que ela implique em conhecer o diferente, mas a curiosidade é algo peculiar nosso, porém o interessante é que buscamos tanto a felicidade, mas valorar, mensurar e “estereotipar” a tal é algo impressionantemente complexo.



Essa é uma discussão antiga, Aristóteles já tentou defini-la, achando eu que o filósofo grego não logrou êxito, já que se tivesse conseguido, seguramente todos nós teríamos sua definição na ponta da língua, tamanha a importância que a felicidade tem em nossas vidas.



Quero dizer o que penso sobre felicidade, não tenho a pretensão de defini-la, seria atitude demasiadamente petulante ousar isto... Mas tenho algumas abordagens...



A felicidade pode estar ligada a realização. Sim, é fato que isso levantaria seu pensamento como algo transitório, passível de ser alcançada facilmente, ou ainda num ato ambicioso ser lançada em realizações posteriores, e em casos de ambição crônica, talvez nunca ser alcançada. Sim. Não consigo entender a felicidade como algo fixo, com endereço e caixa postal. A felicidade está ligada com a inconformidade. Insanamente posso dar uma máxima: a felicidade é a própria busca dela. Aquele que acredita ser feliz acredita ser realizado, e isso gera um ostracismo que me enoja.



Lembro-me do meu primeiro mês de trabalho, conversando com um gerente, disse a ele: “Falta apenas 34 anos e 11 meses para eu me aposentar.” O descanso em nossa mocidade parece proporcionar mais gozo que o movimento. Acredito que ao ver um senhor aposentado lavando a calçada às 5h, naquele frio ártico, faz-nos refletir que talvez a cama quente deste senhor não tenha o mesmo gosto doce que pareceu ter em sua juventude, em seus devaneios de descansar, ou os conceitos do prazer no ócio mudaram ou ele não tinha a exata visão do verdadeiro prazer? Felicidade me parece ser motivado, felicidade me parece ser não parar, felicidade me parece ser ambicioso. Felicidade me parece estar ligado a movimento.



Fato é que podemos ir de Aristóteles a Oprah na saga da resposta para tal felicidade, porém pra mim vejo apenas a seguinte pergunta se metamorfoseando numa afirmação: A felicidade não existe?



Existe para quem a limita, mas felizes mesmo são os que não a encontram, pois estes se movimentam.











No próximo texto, falarei sobre padrão, com certa ligação a este tema.

6 comentários:

  1. Odair José um um cantor de minha época já cantava: "felicidade não existe o que existe na vida são momentos felizes"

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  2. bom texto, Davi, como disse no MSN, bem cristão, apontando pra frente.

    gostei da sua definiçao, que a felicidade é a própria busca dela!

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  3. "Felicidade me parece estar ligado a movimento."
    Concordo com vc rapá!!
    Ta escrevendo bem. As vezes usa algumas palavras difíceis q preciso consultar o dicionário.
    Parabéns pelo texto!

    by Jaú

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  4. Que demais Davi! Parabéns pelo blog, muito bom. Continue sempre assim!

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