sábado, 28 de agosto de 2010

Deus e a falsa esperança

Mais uma semana passa, sou só eu quem acha, ou parece que os dias já começam acabando? Outro dia li ou ouvi alguém comentar que a física quântica alega que o dia não tem mais 24 horas, apenas de 16 a 18. Não me parece algo muito louco, não. Mas contando a possibilidade que numa escala de 0 a 10, o meu entendimento em física quântica ser -3, prefiro não opinar.
 
Hoje acordei muito cedo, sábado, tive aula de criminologia, fui obrigado a acordar os galos. Protelei até o último minuto, mas tive que levantar. Como havia dito em algum texto atrás, apesar desse lapso de dias sem escrever, ainda assim fervilham ideias em minha cachola.

Sei que tenho leitores ateus, mas eu sei que eles gostam quando escrevo sobre cristianismo. Eu gosto de escrever sobre cristianismo, deixando minha petulância de escanteio, minhas concepções de Deus trazem-no para um plano possível. Prefiro me sentar num cristianismo menos místico para não esperar de Deus que ele seja um super-herói e dar tutela a Ele de responsabilidades minhas. Vamos ver aonde chego. Mais um texto despretensioso.

Sou um cristão, um cristão utópico, mas falar em utopia no cristianismo de hoje de certo não falamos em algo inalcançável. Ser um cristão utópico é ser alguém que consegue entender que Deus não é uma varinha de condão e não é responsável pela nossa vida. Ser utópico, nesta situação, é ser realista, e neste ínterim, tange uma psicose.

Não posso falar que não sou grato a Deus pela minha vida e coisas assim. Mas cada vez que eu converso com os "cristãos-não-utópicos" eu fico estarrecido: "Deus está preparando meu marido!", "Deus vai abrir a porta de um grande emprego para mim, e vou ganhar muito dinheiro.", "Deus vai...", "Deus blá blá blá..." Eu olho para estas situações, me corrijam se estiver enganado, impressão minha ou Deus é a muleta responsável para consolar as frustrações? Espera... Assim que funciona? Me frustro, tenho que correr para um consolo, e jogo uma baita responsabilidade nas costas do Todo Poderoso?

Pra mim Deus inexiste nessas pessoas, os denominaria de cristãos-ateus! Sim... Deus é usado como um subterfúgio, como um remédio. A maioria das pessoas que hoje são cristãos veio a Deus por algum motivo de dor ou de perda, isso é interessante, e acho exatamente necessário, mas há um segundo estágio, o amadurecimento da relação homem-Criador, e este se define por acreditar em Deus independente de ser motivado ou não. Crer em Deus justamente por ele ser Deus, sem intenções.
 
Entendam-me, assim como Jesus, farei uma parábola:
 
Uma criança bastante carente pede ao seu pai que lhe dê um carrinho de controle remoto no Natal. Seu pai, um bronco, despedaça o sonho da criança: “Cai na real criança, somos pobres!” O sonho dessa criança sempre foi ter o carrinho, já que todos seus amiguinhos da escola tinham, essa criança se decepciona, mesmo sabendo que não existe Papai Noel, escreve uma carta para o Bom Velhinho pedindo o tal do carrinho. A criança pensa: “Não existe, mas quem sabe? Vai que alguém veja e se compadeça!”.
 
Os cristãos-ateus são da mesma forma, a vida os maltrata, destrói seus sonhos, então a única falsa expectativa de ser alguém novamente feliz é usando Deus como seu Papai Noel. Não deixaram de desacreditar em Deus, apenas não viram alternativas. Não posso tolerar isso. Está longe de ser cristianismo.

Acredite, a maior premissa do cristianismo é o livre arbítrio. Deus não escolhe por você, Deus não estuda por você, Deus não vive por você.

Deus te direciona, mas quem anda é você.
 
Ah... Cair faz parte do andar também.

O mundo é muito, mas muito mais real do que se pensa, vem comigo, vamos ser cristãos-utópicos?

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Política é pra quem?

Estou com medo... Esta é uma postagem despretensiosa.

Estou com medo onde vamos parar. Medo do lugar que podemos chegar. Medo de saber em que horizonte nossos olhos vão mirar, partindo da premissa de haver apenas um horizonte, medo de não sabermos identificar o horizonte.

Tenho acompanhado remotamente nossa política. Confesso que sou fã de política, gosto de ver a cara de pau do Maluf, me divirto ao ver o PSDB monopolizar São Paulo, acho interessante como a Dilma de repente pode ser uma boa presidenta. Admiro a ambição verde da Marina, rio com a cara lavada da Marta em ainda usar o sobrenome Suplicy, e desenvolvi um sentimento soturno com o verdadeiro dono do nome Suplicy, falando que nosso estado precisa da Mulher Pêra (clique). Até entendo que a pêra é muito cara na cesta básica, mas concluo sem medo que a Mulher Pêra é totalmente dispensável!

Não que nossa política sempre tenha sido uma apresentação da Osesp, mas o bacanal que tem se transformado não precisa se assemelhar à qualquer puteiro. É hora do Estado entender que democracia não é orgia, precisamos de critério. Pensem comigo: o pagodeiro por melhor que seja (se não for um paradoxo) não quer dizer que é o melhor Senador, qual o know-how que "Um dia de Princesa" pode proporcionar ao candidato da Cohab*?

Será que o candidato KLB sabe que assim como a sua banda tem três integrantes, nosso país tem três poderes? Será que ele me responderia de pronto quais são esses poderes? Dou a dica: esses poderes não são os que juntos chamam o Capitão Planeta. "Vai Planeta!"

Simony... É! Simony! "Sou mulher, sou mãe, você me conhece." Esse é seu jargão. Espera.Se isso é pressuposto para candidatar-se, garanto que temos pessoas com mais honradez para o cargo. Se ela for eleita, com uma coisa poderemos ficar tranquilos, ela garantirá prazer no sistema carcerário, afinal disso ela entende muito bem. Mas pensando melhor, se meu voto fosse para prazer na prisão, faria apologia para candidatura da Rita Cadillac, que só não deve ter se candidatado porque a Lei da Ficha Limpa barrou sob alegação de "passado, presente e futuro imundos e promíscuos, ficha impossível de ser limpa". Nem com as operações a La Gretchen e Angela Bismarchi de reconstituição de hímen vislumbra-se possibilidade para ela... Mas... atemos à nossa política...

Tiririca... Esse equivocou-se com seu nome... Titica seria o ideal. Estou ansioso para a grande festa da democracia poder calcular o percentual de idiotas "embostiados". Como saber isso? Através dos votos para esse cara! Não... Estou inconformado, desacreditado, preciso urgente de algo tóxico, de uma bebedeira estendida, dessas que só acabem seu efeito depois das eleições, assim só posso lamentar e "acreditar" que não tive nada com isso.

Poderia continuar, mas eu tenho que dormir, porque amanhã eu caio na besteira de estudar e trabalhar. Por que besteira? Porque eu me convenço todo dia que a vida é complicada e que tenho que ser o melhor, porque se eu achasse que eu teria que ser o mais bisonho, certamente estaria esperando uma candidatura para me aposentar em oito anos, e além de esperar teria que fazer algo notório para que me notassem: cantar rebolando a bunda, ser um palhaço ou qualquer fruit woman.

Caro leitor, por favor, faça algo... Não tenho ideia do que te pedir, mas peço bom senso, é a nossa vida, é a nossa lei, é o nosso país.

Tenho medo do que será do nosso Judiciário, Executivo e Legislativo... Baita dica hein KLB? Assim ficou mais fácil.

Volte ao topo, veja a foto e sinta orgulho! Não consegue? Bem-vindo ao clube!




*Cohab não desqualifica o candidato, o termo foi usado para remetar à sua principal música.







Não se erra por amar

Já faz algum tempo que não escrevo, salvo engano, neste mês não publiquei nada, mesmo assim ainda resta alguém que comenta aqui, acolá, lê um texto antigo, relê outro, enfim, sempre há movimento, e eu fico realmente feliz.

Todo esse tempo que fiquei sem escrever não quis dizer que fiquei sem inspiração, tenho temas a rodo, ontem, especialmente fui dormir mais cedo. Antes de dormir fiz uma sinopse mental do meu dia, dos meus dias, do meu passado, sim, “nostalgiei-me”.

Sou uma pessoa muito atenta aos sentimentos das pessoas, não que eu me movimente para ajudá-las ou ainda que eu seja o melhor ombro conselheiro, sou atento por pura curiosidade. Fico observando apenas para entender fatos e saborear a ironia humana, não sou nenhuma Madre Tereza. Primeiro porque não tenho a menor pretensão de ajudar pessoas nesse momento, segundo, detestaria morar em Calcutá. Mas, enfim, vale expressar... Me recorro ao tema “amor”.

Tenho ouvido muitas coisas nesses dias, São Paulo não é distante o suficiente para nos afastar do passado, e vira e mexe ouço algumas coisas de antigos amigos, algum chororô. Uns se perdem, outros acabam namoros, outros recomeçam, alguns começam novos sem terminar os velhos, a pluralidade da vida é interessante, e se tirarmos os olhos do moralismo, chega a ser bonita. Mas quero pensar sobre as atitudes decorrentes do amor.

Apesar de parecer ser uma pessoa distante, de inconscientemente querer passar a marra de ser alguém acima dos problemas e aquém da possibilidade da perda, eu não sou assim. Eu me apego, e sofro. Sei que muitos são assim, e o fato do sofrimento existir é algo genérico, o que diferencia cada pessoa dentro desse sofrimento é justamente o que ele desencadeia.

Eu não acredito que erramos quando amamos. Não mesmo! Esse pensamento pode ser largamente questionado, e gostaria muito de ler cada questionamento dele. Não acredito que qualquer atitude decorrente do amor seja errada. Desde entregar uma flor diariamente até a possibilidade de loucuras passionais. Se olharmos para um pai que se excede em repreender um filho, dando-lhe palmadas mais duras, entendemos que ele não fez aquilo porque é sua intenção, e sim por amor, pela esperança de que seu filho aprenda. Acredito que é fácil desvencilhar o erro de uma tentativa amorosa. O amor é nobre, e se a causa dele, isoladamente parece erro, ela é automaticamente justificada quando anexada novamente ao amor.

Diariamente pessoas são amaldiçoadas por amar. Alguns se jogam da ponte, outros se jogam no chocolate. Há aqueles que só se recuperam depois de se desidratarem, enquanto aqueles outros se isolam e esperam que o mundo esqueça-se dele, mas que a única pessoa que interessa não o esqueça. O que é amor? O que é amar? Quais as consequências? Vale a pena pagar esse preço?

Sei que todos nós já erramos por amar. Mas não consigo digerir que exista erro quando a intenção é sublime. Podemos nos exceder e agir da pior maneira possível, mas se o fizemos pelo verdadeiro amor é porque queríamos o melhor resultado.

Não se erra quando ama. Erra-se quando se arrepende de errar por amar.

É isso!

domingo, 15 de agosto de 2010

TRAVEI

Pessoal, travei, né? O conto está na cuca, mas passar pro plano escrito está complicado.
Vou postar alguma coisa em breve, obrigado por quem aparece aqui!

Beijos.