sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Pára tudo! Vamos começar de novo?

Novamente venho aqui para expor meu medo.

Poucas pessoas têm esse hábito, vindo de mim então, acredito ser uma grande vitória, já que sofro do mal da Síndrome de Super Herói (clique aqui). Mas em época de eleição as coisas mudam, até porque esse medo é mais indireto do que direto, talvez por isso cintile tal sinceridade em mim.

Olhando para a política, não quero me ater propriamente a essa suruba partidária e palhaçadas, literalmente palhaçadas, que nos afrontam na TV. Antes de propriamente falar sobre isso, quero propor uma alteração legislativa: O horário político não deve ser mais gratuito, deve ser pago, mas não às emissoras, para nós, nós deveríamos receber! Fica como título de indenização por ter que ver a ruína da tão aclamada democracia. Por que indenização? Por danos morais... Ah, e quantos danos... Quantos danos... A moralidade está “danada” mesmo, e daqui guia-se minha linha de raciocínio.

A indústria do moral. Ficha limpa. É hilário como as pessoas conseguem distorcer as coisas. A mente do candidato ao poder é tão suja, que Maquiavel se sente minimizado em seu túmulo. Enfim Maquiavel descansa em paz.

Enquanto isso, em algum lugar quente, bastante quente, assustadoramente quente:
- Vá para o céu, Maquiavel – diz o Diabo. – Você é um homem bom, é injusto tê-lo aqui.
Enquanto o Diabo dispensa Maquiavel, passa a propaganda política na TV. Maquiavel sequer questiona.
- Tens razão, Belzebu. Inquestionável sua decisão. – Afirma um capiroto qualquer.
Sobe Maquiavel ao céu, com seu Green Card Celeste, e uma cara de vencido, humilhadamente vencido.

Sim, vencido. Um percentual interessante de candidatos está por aí, se gloriando por ser candidatos “ficha limpa”.

Alguém me responda se ser honesto virou virtude? Agir com honradez em querer governar para o povo é virtude? Alguém, por favor, pare o mundo, o chacoalhe com muita força.

Sabemos que perdemos nossos princípios, quando o erro não assusta mais. Quando o que era para ser estarrecedor, torna-se rotina e motivo de piada. Sabemos que não temos mais escrúpulo quando elogiamos alguém que devolveu uma carteira recheada de dinheiro ao seu dono, quando o que ele fez não foi mais nada que sua obrigação.

Sabemos também, que quando somos assaltados, pensamos ainda bem não terem nos machucado. Sabemos que chegamos ao nosso lixo pessoal, quando olhamos para o mal e ele não nos comove, olhamos para a fome e não nos preocupamos, olhamos para a injustiça e não nos movimentamos. E nesse contexto:
Olhamos para a merda da eleição, e não mudamos nossa Nação.

Fato: o capim comeu a vaca. Alguém precisa urgente enfiar o dedo na goela dele, quem sabe assim, ao sair deste estado, a vaca não se posicione?

Pronto, falei.

Um comentário:

  1. É, onde foi parar o senso ético das coisas, a moralidade e mínimo mínimo de respeito.
    As pessoas realmente elegem o que lhe convém, porque simplesmente não desenvolveram o dom de sair do imediatismo, de refletir antes de agir e assim quem sabe sair desse vazio que invade o mundo.
    Infelizmente enquanto não nos interessarmos por política, seremos dominados por aqueles que se interessam....

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