terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Chega de birra!


Acredito que com esse texto eu chegue aos 5.000 acessos. Obrigado a quem lê. Creio que chegará o dia em que isso será o acesso diário, mas enquanto estamos em um clima familiar posso dizer não a censura e dizer deliberadamente o que penso. Vou direto ao ponto.
Tenho problemas em me relacionar com pessoas com a síndrome de Peter Pan. Sim, pessoas que não crescem e não amadurecem. Há de se deixar claro, para que todos entendam, que os atributos infantis na vida de um adulto são louváveis quando se tratam de ingenuidade, não ser tão sério e coisas afins, mas quando se trata de birras e melindres, definitivamente aí está a hora de um belo “basta”.
Os que me acompanham rotineiramente sabem que meus textos, em sua maioria, partem de vivências do cotidiano, e como a vida nos prega peça diariamente, fatalmente temos os problemas parecidos, alterando apenas seus endereços, quiçá nem isso.
Eu, como um bom cristão, faço menção de algumas palavras do apóstolo Paulo: “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.”
Eu compreendo a preocupação do apóstolo. Sim. Quando criança as coisas são mais fáceis, as pessoas ficavam atentas ao nosso choro e de prontidão agiam, dispostos a fazerem qualquer coisa para a alegria do chorão. Entendo também, que qualquer coisa que pegávamos na mão, quando criança, trazia consigo o valor de ser a última vez de tê-la, e largá-la para algo novo, só se estivesse em vista e tivesse um aspecto melhor. São situações cômodas. Não crescer, de fato é interessante. Porém, é irritante.
Particularmente não tenho paciência com quem tem medo da realidade, tenho certo asco de quem não encara a vida, não olha a realidade e se priva de crescer por medo de ter que parar de chorar para conquistar as coisas.


Algumas pessoas demorarão a crescer, mas eu garanto, o luxo de ser criança eterna pertence apenas aos dementes. Fatidicamente o dia chega, e junto com o crescimento vem a realidade. E a realidade além de ser dura, se encarregará em nos mostrar o quão imbecil fomos. Com isso vemos também a oportunidade de entender as pessoas, de amar e de ser amado e sabemos, com dor no peito, que éramos apenas tolerados.
Não somos nem nunca seremos perfeitos. Podemos errar, felizmente temos esse direito, não é errado errar, desde que o nosso erro seja um acidente. As coisas parecem mais fáceis quando se arma um berreiro, mas elas se conquistadas assim, tornam-sem vulneráveis, passíveis de não serem valorizadas nem perpetuadas. Tentemos pelo trabalho árduo, pela insistência, pelo erro consertado. Há tempo para chorar, mas não usemos esse tempo para manha, gastemos nossas lágrimas com algo que a valha: com nossas dores, com nossos amigos, com nossas conquistas e com nossos amores.

Crescer faz parte da vida, é um item necessário, podemos até protelar, mas garanto que o processo de amadurecimento terá que ser mais rápido, acredite, usará lágrimas nele também.

Pense antes de agir. E não se esqueça, nossa infantilidade alcança a todos, e nem sempre todos são pacientes, alguns dão umas belas palmadas...


ps: Assim que acabei de escrever este texto, na madrugada do domingo, corri para tomar chuva,   de quebra levei comigo meu irmão e minha amiga Dats. Coisa de criança, e acredite, essa infância não quero perder nunca!

4 comentários:

  1. Davi, um pouco de birra não faz bem?

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  2. Crescer. Crescer é um saco. Quando pequenos queremos logo chegar à maioridade para podermos cuidar de nossa vida como bem quisermos. Mas - crianças - não levamos em conta que antes dos direitos vêm os deveres. Daí indubitavelmente vem a vontade de voltar a ser criança de novo. De dormir e deixar marca no colchão de tão pesados que dormimos, um sono profundo sem preocupações...
    A Síndrome de Peter Pan (prima-irma do Complexo de Cinderela - Collete Dowling lida por mim) é até um caso sério, mas a questão aqui trata-se de bobões que não entendem que o que foi JÁ FOI o que não foi VIRÁ. Só que virá sabe Deus como.
    Hoje nos preocupamos com nossos Blackberries, tvs de LED e, oh meu Deus, o IPVA do carro ou da moto.
    Pequenos que éramos, nossos carros eram faceis de fazer com caixinhas de fósforos (alguém quer a receita???). Ir pra Porto Seguro??? Que isso!!! Nada alegrava mais que barquinhos de papel colocados na rua nas águas de algum vizinho que lavava as calçadas.
    Tudo era mais simples.
    Tudo ainda é simples.
    Depende não só de quem vê, mas de como vê.
    Eu - particularmente - me canso as vezes com tantas preocupações. Preocupações muitas vezes tolas. Mas preocupações que aprendemos a ignorar, usando a simples filosofia: CAGAR E ANDAR. Cagar e andar para não formar montes... Embosteie tudo, e os outros que se lasquem. Cumprir nosso papel de adulto da melhor forma possível, mas sem perder aquele "que" de criança. Ficar velho é uma coisa. Envelhecer é uma arte. O que não se pode é ficar obsoleto, ultrapassado, e pior que tudo RANZINZA.

    Penso assim.

    Barão Cadu Salvador é Programador/ Analista de Produção e um extravagante nas horas vagas. Já foi Punk (em Sampa), participou da geração Yuppie (e como todos viu que foi uma piada mal contada) e atualmente passa os dias entre trabalho e divagações. E em conversas excelentes e produtivas com uma das pessoas que considero um grande amigo: DAVI GONÇALVES

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  3. aquele abraço de urso e molhado foi o melhor!!!rsrs
    Amo vc amigão...

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  4. Cara, como você escreveu sério.
    Estou de acordo contigo, apesar de preferir quando escreve com humor. Cada um tem um gosto, certo?
    Crescer é relativo. Depende muito da pessoa e, também, das situações que se enfrenta na vida. Acredito que todos crescerão, cedo ou tarde, nesta vida ou em outra. Claro que umas boas porradas ajudam a crescer, e de forma acelerada. Com ceteza!
    Você parece impaciente... espero que não lhe ofenda no que escrevo aqui. Ofendo?

    by Capitão Gancho (:

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