sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Eu robô? Passo...

Nem meu próprio blog me reconheceu. Tamanha ausência. Desde logo peço desculpas aos que me leem, e aos que não me leem: que se f*dam! Não lerão mesmo, posso xingar.

Bom, fato é que estou destreinado e muitos acontecimentos grandes passaram pela nossa terrinha desde o meu último post. Me recordo, porém, do índice de tolos que eu mediria com a eleição do Tiririca. Como esperado, alto. Aos que fizeram essa insanidade, não terão direito de argumentar nada sobre política nesses próximos quatro anos, afinal seu argumento é tão nobre quanto o seu candidato. Pífio. Enfim...

Dilma foi eleita. Como cristão, aguardo os milagres.

E o Rio? Interessante o método de desmarginalização Jack Bauer. Parece legítimo? Só espero que o investimento em educação, moradia e saúde venha com a mesma força que essas tropas estão invadindo morro acima... Não é uma piada... Sim, eu sou um sonhador.

Cá estou, de volta, sem pretensões de tamanha ausência novamente, ao som de Phil Collins e depois de uma síntese das notícias gerais, atenho-me ao meu texto.

Nesse tempo muitas ideias se apresentaram, inclusive conheci muitas pessoas. Sazonalmente conheço pessoas com certas tendências psicopatas, imã natural, identificação talvez. E por falar nela, dedico este texto à minha amiga Lilian, que me conhece há alguns dias e já devorou todo meu blog. Muito bom gosto. O psicopata é carinhoso, você me entende.

Chega de tre-lê-lê.

Despretenciosamente escrevo, again.

Ontem quando entrei no elevador, um senhor de súbito me parou e disse: "Dez reais pra descer!" Ele sorriu e me disse que se não levasse a vida na brincadeira ele morreria (apesar de nenhuma aptidão para piadas). Por oito andares passaram inúmeras coisas na minha cabeça, como circuncidá-lo a sangue frio ou ainda enfiar um guaxinim em sua cueca. O senhor "minha vida é pura diversão" então se despediu com um largo sorriso no rosto, eu como um bom diplomata, devolvi o sorriso e praguejei internamente alguns insultos.

Acontece que não parou por aí, o senhor a la Bozo se foi, e eu. Ah eu! Eu refleti! Shit! Eu minha maldita mania de aprendizado. Enfim... Fui posto na parede por mim mesmo. Me obriguei a me mudar, novamente.

Não sei qual a intenção da "senhora vida" no ser humano, tenho crido que a vida tende a nos por num processo de automatização, ela deve querer nos robotizar, nos por em redomas espessas e invisíveis, uma redoma que cheira "ser alheio". Sim. Eu sempre parti da premissa que a vida não deve ser levada a ferro e fogo, e do nada percebi que minha sensibilidade é instantânea e tem prazo de validade. Até sinto pena, até me comovo, até choro, mas na sequencia coloco minha capa da necessidade vital de ser alguém e esqueço que as pessoas devem ser entendidas e levadas a sério.

Eu carrego comigo uma culpa, culpa por não sentir culpa. Por que somos tão indiferentes? Qual tem sido minha motivação de viver? Me vejo como uma pessoa com poucos propósitos verdadeiros, sabe aqueles propósitos que te fazem ser lembrados? Hoje sou apenas uma pessoa que quer ser lembrada por mim. Vale a pena? Fernando Pessoa já diria que tudo vale a pena se a alma não é pequena. Onde vende um medidor de alma? Preciso.

Tenho sérios problemas em encarar a vida como o fim de quem só se realizou pessoalmente. Me perturba a ideia de não deixar saudade, de não haver um intervalo de reflexão ao citar meu nome em uma roda de amigos: "É... Esse cara faz falta."

Não pretendo me estender nesta nostalgia, mas gostaria de refletir. Onde nosso anseio tem nos levado? Garanto: mais vale sorrir de bobo num elevador do que ganhar muito dinheiro fazendo elevador e não entender que antes de sermos um pedaço de papel moeda, somos emoções... Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi.

2 comentários:

  1. Já assistiu Atração Fatal? Um Advogado e uma Louca.... kkkkkkkkkkkkkkkkkk

    ResponderExcluir
  2. Os que não lerem seu blog q se fodam? Davi, vc ñ era assim rapá!! Anda muito rigorrosa!! kkkk...
    Concordo contigo. Andamos robotizados pela mundão véio do marketing q vive incutindo o q se deve fazer da vida.
    Em relação ao imã natural, pode estar certo de que é real.

    Abrax

    by Adelinu's Hitler (bródi do Adolf)

    ResponderExcluir