sexta-feira, 28 de maio de 2010

Recomeço...

Sexta-feira, mais um dia passado, mais uma semana passada, mais um mês indo, em breve um novo semestre.

Há algum tempo que eu tenho conversado comigo mesmo sobre recomeço. Recomeçamos muitos projetos na nossa vida, recomeçamos amores, recomeçamos dietas, recomeçamos controle de paciência, recomeçamos a estudar, recomeçamos o começo e o recomeço. Particularmente, gosto disso. Proporciona movimento e aventura nessa monotonia que vez por outra somos arraigados.

O recomeço tem seu brilho, porém tem seu “quê” de fracasso embutido, sim, temos o hábito de varrer essa poeirinha da desilusão para baixo do tapete, todo recomeço é precedido por uma batalha perdida, e o recomeço é um a homeopatia desta decepção pessoal. O fato de não conseguir vencer tal batalha é rapidamente quase superada apenas pela nova tentativa, a meu ver é ótimo, não existe nada mais valioso que pessoas pra cima, dispostas a correr o mundo para alterar pequenas infelicidades. Ah, a dinamicidade da vida!

Porém, tenho algumas ressalvas quanto as nossas concepções de recomeçar. Me parece que demoramos muito para essa atitude, alguns mais ilustres poderiam alegar que demoram para entregar os pontos, sob essa alegação dou minha anuência. Porém, fico aqui com os mais acomodados (eu), engraçado o prazer que nutrimos por dançar, sapatear e rodar por cima do que está perdido, alegamos inúmeras frases, jargões na vã expectativa de consolar ninguém mais do que nós mesmo achando que o fim ainda pode ser outro, e postergamos o recomeço... e em muito.

Nossa vontade em recomeçar está proporcionalmente ligada à aversão da mudança, o medo faz com que acostumemos e ainda pior: gostemos do caos. Quem recomeça não tem prazer nesse horror.

Nosso calendário inconvenientemente ajuda-nos a manter a perversa arte de amor ao caos. Esperamos muito tempo baseado na cronologia. Esperamos a outra segunda, pra recomeçar o regime que começou nesta segunda, e encerrou-se na terça. Aguardamos sobrar dinheiro para ir à academia, enquanto essa possível sobra é gasta em roupas e mais comida! Esperamos o início do ano para todos nossos maiores projetos. O coração se aquece no Réveillon, na contagem regressiva sempre pensamos que o ano vai ser diferente... O ano continua o mesmo, os problemas continuam ali, e os projetos esvaem-se em golpes ligeiros de meses, quiçá golpes semanais. Olhamos para o caos, abrimos um lugar para nossa cama, e deitamos lá até a apoteose do próximo ano. Demoramos muito para entender que a vida cobra de nós cada segundo!

Todo dia é dia de recomeço, hoje é dia de amar mais que ontem e menos que amanhã. É dia de viver e ser feliz. Cair na rotina dos desesperos não desesperados deveria ser crime, com pena privativa de descanso.

Seja sexta, seja terça ou quinta. À noite ou pela manhã, chovendo canivete aberto ou a um sol de rachar mamona. Nessa hora é hora de rever os erros, e recomeçar, que entendamos algo: nossa vida só é importante para nós mesmos, alguém pode dar um empurrãozinho numa nobre atitude, mas se não aproveitarmos o embalo, corre o risco de subirmos mais a ladeira.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Determinei-me a viver. Isso basta!



Rotina não tem sido meu forte, tenho sido surpreendido pelos meus afazeres nesses dias, quero escrever sem compromisso hoje. Semana de provas finais estão chegando, e em breve me enclausurarei para acabar com a tortura do semestre. 

Falando sobre compromisso, estive pensando nesses dias sobre alguns fatos, que me deixaram um tanto atônito. Estamos vivendo em uma sociedade que preza por informações, que tem a necessidade de explicações, respiramos ciência e tecnologia, o que faz de nós pessoas que questionam coisas, fatos, pessoas e com uma sede de saber responder questões como “de onde?”, “pra onde?”, “por quê?” e “como?”. 

A ânsia do saber corre por nossas veias, não é ruim, é evolucionário, não resta dúvida, até porque isso foi a causa de descobrirmos que os raios não vêm de Thor, e que a chuva não é Deus que se chateia e chora. Mas isso me aborrece às vezes. Saber de tudo, ou pelo menos querer saber de tudo me deixa “amuado”.

O fato de ficar incomodado com isso não está na busca da verdade, não mesmo, friso: é revolucionário. O que me chateia são as fórmulas, detesto determinismo. Não consigo conceber a idéia de que fatos ocorridos ou possibilidades deles acontecerem possam traçar reações nossas. Tenho certa admiração pela psicologia, em especial a parte comportamental, porém, fico impressionado com a capacidade da busca por explicação de nossas vidas. 

Definitivamente não sou determinista, sou utilitarista. Acho que usamos forças demais para necessidades pífias. Não gosto de conjecturas que me encaixam em padrões de beleza e de fealdade, de certo e de errado, de diferença e igualdade, não gosto da ciência da presunção, acha o leitor mesmo que é interessante prever o resultado? 

Matematizar a vida é muito brochante, esperar os resultados é desesperador. O único filme que me dei o luxo de ver até o final já sabendo o que aconteceria foi “Paixão de Cristo”, não faria isso por qualquer outro. A expectativa aquece o coração. Sei que podemos olhar o determinismo como uma forma de prevenção para as coisas más que podem acontecer em nossas vidas, porém este argumento pode ser em parte refutado. Geralmente nossas “burradas” são precedidas por paixonites, alguém pára para mensurar devaneios de paixões? Alguém racionaliza sentimentos fortes e momentâneos? Alguém se priva de fazer algo que traga grande satisfação pessoal? Poucos. Quase ninguém, quiçá ninguém! 

Viver tem sido algo desprezado por alguns. E levar a vida muito a sério não é nada saudável. Rir dos erros, chorar pelos acertos, xingar o juiz, fazer campeonato de arroto, comer muito chocolate, e depois uma dieta pra conquistar alguém. Ter crises, esnobar as crises, cabular aula pra jogar conversa fora. Apertar a campainha e sair correndo, rir quando fazem isso contigo, paquerar, esnobar. São coisas que valem à pena. Talvez isso roube um tempo que faria de nós “pessoas de sucesso”, mais abastados e mais endinheirados. Mas do que adianta tudo isso se não puder rir da vida? 

Eu sou maior do que a vida, ela pertence a mim, e não eu a ela. Quem determina algo sou eu! Tapo meus ouvidos para as fórmulas, mas quero fazer de mim alguém invejado por quem quer saber viver. Agora vou estudar... Mesmo assim, algumas responsabilidades devem ser sempre presentes! 

Quero partilhar um poema de Fernando Pessoa, heterônimo Ricardo Reis, é demais. 

Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.

sábado, 22 de maio de 2010

Todos que se danem, desde que eu seja visto

Dizem por aí que o doce mais doce é o doce de batata doce. Dizem ainda os soteropolitanos que baiano burro nasce morto. Ou ainda, mais latino: “La garantia soy yo!”
Certamente temos sempre uma tendência a protegermos o que nos é mais favorecido. Isso é bom. É sinal de que temos amor a nós, ou pelo menos que necessitamos de auto-afirmação, enfim, um leque de escusas psicológicas pode ser abordado, o fato é que independente do que achamos, qualquer produto, desde o doce à intelectualidade de cidadãos são valorados, e claramente são colocadas em escala.  Pretendo me ater a sentimentos.

Considero-me uma pessoa extremamente racional. Muito racional, até demais. Racionalizo o amor, racionalizo a fé e até o futebol, é frustrante, porém é uma forma pessoal de entender que o mundo não é tão cor-de-rosa. A racionalização me poupa muitas vezes do luxo de sonhar mais alto, porém confesso, que me esquivo e por vezes me perco em meus devaneios.

Todos nós já sofremos por amar demais, por amar “demenos”, pela dor da perda, pelo tesão da conquista, nos arrependemos de termos feito e nos remoemos por não termos tentado. Mesmo para “pessoas racionalizadas” metidas em ter o pé no chão como eu, é praticamente impossível não nos submetermos sazonalmente às adrenalinas da tal vida emotiva.

E sobre sentimentos, quero falar de dores. Assim como o cultivador de batatas doces, sinto-me obrigado a defender minha mais “dolorosa dor”. Por saber de sua repercussão, é impossível que muitos se identifiquem. Se existe algo que me desespera é o simples fato de não representar nada para alguém. Prefiro ser rejeitado ou odiado a ser irrelevante.

O que mais assusta nessa dor mor é simplesmente o fato dela ser única e especial. É uma dor egoísta, já que a pessoa culpada é apenas o dolorido, que numa relação de confronto com o próprio ego se pune mentalmente. O questionamento é limitador: quem sou eu para não ser capaz de gerar nada em alguém? Essa idéia é extremamente minimalista e redutível. O que fazer diante disso? Como devo agir para atingir as pessoas?

É intrínseca do ser humano a necessidade de ser reconhecido. Ninguém faz algo por simples caridade. Todos nós precisamos de reconhecimento e aprovação. Mente quem nega. Da alma mais piedosa ao mais cruel serial killer, todos têm necessidade de aprovação, necessidade de estar no holofote de alguém, mesmo que seja anonimamente, desde que seus atos repercutam. O reconhecimento pode ser da mídia, ou apenas de Deus, o fato é que satisfação pessoal está atrelada a olhares aprovadores ou reprovadores, mas nunca a falta deles.

Sabemos que não é prazeroso não ser bem quisto. Ninguém tem essa pretensão (pelo menos a maioria), porém vejamos por outro prisma, ser o vilão não é sempre tão mau. O que seria da Chapeuzinho Vermelho sem o Lobo Mau? O Batman sem o Coringa? O Tio Patinhas sem a Maga Patalógica? O Brasil sem o Lula? O homem sem a mulher? Os opostos não vivem em harmonia, mas se necessitam para não serem esquecidos! E na boa, a prova de que nosso moralismo é negociável é facilmente visto nas torcidas pelos términos de casamento nas novelas globais, ou ainda acreditar nas intrigas de Big Brother, e torcer para que alguém se ferre, a ponto de gastar tempo e dinheiro para eliminá-lo. Hei, somos perversos, aceite!

Diante disso vejo que ser vilão não é tão mau. Ser maldoso pode muito bem suprir a carência gerada pela falta de ser visto, assim, muitos se obrigam involuntariamente ao mundo das pessoas que se encarregam de nos deixar tristes, já que assim serão notados e satisfarão seu desejo egoísta do holofote.

Quanto mais crescemos, mais vemos que nos transformamos em pessoas que falam melhor, e caminham melhor, porém as necessidades continuam as mesmas de uma criança: que para ter a atenção da mãe, está disposto desde bater no amiguinho até pintar o desenho mais bonito.

Estar no foco é nosso foco, custe o que custar!

domingo, 16 de maio de 2010

Diário do domingo

Dormi até às 14h. Fui treinar vôlei. Cansei. Comi pastel. Bebi uma coca. Vi um cego guiando outro cego, pelo que entendi iam à terra do rei de um olho só. Uma pessoa se jogou no trilho do metrô. Peguei ônibus errado, e pra consertar tive que pegar dois certos, Deus abençoe o Bilhete Único. E agora, vou comer bis.

Mais um dia, eu sobrevivi, não posso dizer o mesmo do suicida do metrô!

sábado, 15 de maio de 2010

Brazil, a small country

Ao som de Djavan, 3h12, com os olhos semicerrados, resolvo dar um golpe na preguiça e escrever algo que estou refletindo desde a tarde.

Tem-se falado muito sobre a relação política de pacificação do presidente Lula com Ahmadinejad, presidente do Irã. Lula está esperançoso, crendo ter 99% de possibilidade de lograr êxito em sua empreitada de paz. Conforme ainda declarou, o presidente popular julga ter o “vírus” da paz. Diante do fato, refleti, mesmo diante da comichão da Copa do Mundo, decidi fechar o álbum (sem Neymar) e tentar entender um pouco sobre onde são depositadas nossas expectativas, vi que o nosso pessimismo é muito presente, mesmo no país dos que “nunca desistem”, otimismo não é o nosso forte.

A americanização do nosso país fez de nós pessoas que menosprezam nossas raízes. Wellington, fast food, know-how, feedback, ketchup e mais uma gama de neologismos estadunidenses , engraçado que o Windows em português sequer rabisca essas palavras indicando erro. Pior ainda são as mutações, tais como o cabeleireiro que “engringou” em hair stylist. Nada contra essa globalização, longe de mim ser xenofóbico. Mas quero ressaltar o efeito moral que é trazido nessa enxurrada do Tio Sam.

Acreditamos que o estranho é mais valioso, cremos piamente que o estrangeiro é melhor, e nos depreciamos, e isso tem me incomodado. Não quero fazer política, mas não sei de um presidente com essa expressão mundial, e o que mais vejo é ataque a sua performance. Não creio que Lula vá salvar o mundo, nem salvar os golfinhos e ainda impedir que as geleiras se derretam, mas não custa tentar aquecer o coração pensando que nós temos algum diferencial, entender que coisas boas existem em nós, e não são somente objeto de importação. Temos virtudes, e caiamos na real, essas virtudes não estão apenas no futebol.

Nós nos resumimos em padrões baixos, padrões fáceis de serem alcançados que não passam de movimentos morais imprescindíveis para sobrevivência. Chega disso! Chega de pessimismo, chega de esperar o pior de nossas atitudes, chega de aguardar o caos de nossos políticos, chega de falar mal da nossa economia, chega de falar mal de quem vive ao seu lado, chega de depreciar os que lutam todo dia fazendo do seu pequeno nicho algo melhor para ser habitado!

Seja qualquer religião, seita ou afim, tem-se a máxima de que somos o que pensamos ser, e a mesma pessoa que acredita na força das próprias mãos, desacredita no todo. Queiramos nós ou não, nosso sucesso está ligado a um sistema total, e não apenas aos atributos pessoais. Ao desacreditarmos no nosso potencial do todo, desacreditamos também no potencial pessoal. Não podemos nos conformar com esse determinismo a La Murphy. Não.

Sim, somos de uma magnitude de difícil administração, e infelizmente o crime, o desamor, a falta de zelo estarão sempre presentes, mas está mais que comprovado empiricamente que apenas olhar de soslaio e usar a técnica blá blá blá para não se conformar não muda nada. O que acha de simplesmente num movimento Poliana podermos começar a entender que o potencial está aqui, ao lado e atrás?

Não somos os melhores, mas temos valores, e enquanto nos reduzirmos ao carnaval e ao futebol, qualquer outro mérito que se desvincule dessa dupla tipicamente brasileira será alvo do nosso desdém.

Na boa, somos mais que uma bola e uma boa bunda!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Deus é o mal do povo!

Só precisava de um insight, obtive. Para que não acreditem que a ausência de inspiração foi providência divina, da manga tiro mais um texto. Antes de tudo, agradeço ao meu amigo, que atende pelo heterônimo Barão de Ribeirão Preto, numa conversa rápida, ele providencialmente surgiu como minha luz. Um ateu ajudando um cristão.

Conversando com meu amigo Barão, anexando à conversa algumas críticas já lidas sobre a religião de forma geral, ainda com alguns pensamentos pessoais cheguei à conclusão que fatidicamente não temos habilidade com o poder, não temos habilidade com a divindade, ainda além, sequer temos habilidade com a divindade do próprio Deus.

Deus não faz bem para a humanidade.

Parto da premissa que somos maus por natureza, atos bons são constantes, mas são uma briga com a nossa razão, e se ele é feito com facilidade, essa proeza se deve ou a falta de sedução que valha a pena o ônus do ilícito ou ao treino diário de ser uma pessoa melhor.

Enfim, tenho visto coisas em nome de deus que defendem paixões pessoais. As piores guerras são iniciadas por amor a deus. As maiores barbáries são cometidas por razões religiosas, ligadas a prêmios celestiais, desde a vida eterna até a um harém de virgens sedentas por um homem viril. Ninguém tem melhor pretexto do que o mandamento de seu deus, afinal a ordem celeste não é passível de questionamento.

Ninguém faz maiores atrocidades senão pelo nome do seu deus e da sua religião. Antes que suscite pensamento exclusivista de que isso só cabe aos outros, típico dos evangélicos, seja Alá ou o próprio Deus, o grande Eu Sou, me refiro a todos! Eles não se isentam das insanidades de seus fiéis.

Mas não é disso que tenho medo, meu temor está ligado aos pequenos atos terroristas, os que matam a pessoa de forma maquiavélica, que difamam, que a deixa cabisbaixa, que fere a honra. Essas barbáries que me deixam estarrecido. A religião tem causado verdades absolutas que fazem apenas um seleto grupo se encaixar nela, não pelo mérito da boa conduta e sim pelo mérito de saber ocultar bem suas debilidades.

E por falar em verdades, somos trasladados automaticamente a arte da não aceitação, e o que era pra ser um lugar de paz transmuta-se em fogo cruzado! A divindade que em sua ação primária baseia-se em amor tem sua natureza totalmente (e absurdamente) equivocada! Deus se torna um pretexto de matar e de discriminar. A deidade de nossos deuses é nociva à pessoas que não admitem a possibilidade do erro e do livre pensamento. Ninguém, absolutamente ninguém tem vestes que caibam nessa filosofia. Estamos querendo fazer da religião lugar para pessoas perfeitas! I-M-P-O-S-S-Í-V-E-L!

A “catucada” mais dolorida disso tudo é que os não religiosos e os ateus são os mais inofensivos. Eles não têm o porquê de salvaguardar seu santo-graal, eles não têm que abrir a boca de outros e enfiar goela abaixo o elixir de uma nova vida. Sabe por quê? Eles entenderam a beleza da individualidade, sacaram que as pessoas têm o direito de serem únicas, e ainda mais: acham isso nobre!

Os atos dos ateus são mais nobres do que os dos religiosos. Eles não têm que proteger um falso dogma. Pior do que ser egoísta é querer que adiram ao seu egoísmo. Egoísmo mútuo! Ah, ser religioso, pra mim é sinônimo de animosidade, falta de compreensão e fanatismo!

Deus não faz bem para a humanidade, e não por sua culpa, e sim pelo efeito bola-de-neve da briga de quem tem razão! O que era para ser a excelência da vida torna-se motivo de destruição.

Meça sua verdade, ela só cabe em você! Deixe que Deus se encarregue de vestir cada um com a verdade dele.

Sou cristão, apesar da religião!

Marx diria: "A religião é o ópio do povo."
Vale a pena pensar...

Perdão



Perdão leitores...


Estou num momento down, sem inspiração...
Perdão ao anônimo que trabalha o dia todo, e cansado relaxa lendo minhas bobagens metidas à intelectuais.
Perdão ao cristão xiita, em breve postarei algo para que você ofenda novamente meu cristianismo.
Perdão aos teens, e a você que não entende o que eu falo.
Perdão à todos, caso achem minha inspiração, enviem-me novamente!
Aos amigos, bom saber que me toleram.


Abraços...


Davi
desabafosegoistas.blogspot.com

domingo, 9 de maio de 2010

Padronizar é atributo de déspota

Padrão, conforme prometido no texto abaixo. Ao som de Bee Gees na Tropical FM, me pergunto como alguém pôde fazer tanto sucesso cantando no falsete, definitivamente fora do padrão. Enfim, discorramos, ao fim do texto entenderemos tacitamente o motivo do sucesso...

Aurélio definiria sucintamente ‘padrão’ como: “aquilo que serve de base ou norma para a avaliação de qualidade”. Convenhamos, Aurélio não é muito poético. Eu defino padrão como prisão.

Ao longo da humanidade vemos que as pessoas que se destacaram foram unicamente as que não se conformaram com os padrões, com os arquétipos. As pessoas que chamam a atenção são simplesmente as que ignoram ou desconhecem os padrões, exemplificando, podemos olhar para Galileu ao falar da redondeza da Terra, ainda o Presidente Lula com seu discurso popular ou mesmo a “sirigaita” da vizinha que se porta mal em uma festa. Os exemplos são distintos, porém essas pessoas fogem do padrão, e consequentemente por esta atitude ousada são sempre as mais lembradas, seja para fofoca, chacotas ou atos intelectuais.

O padrão nos limita, e por vezes nos engana.

Dentro dos meus dons, numa definição espírita, tenho um que se assemelha ao carma. Tenho certa habilidade para aconselhar, e a busca por estas palavras de conforto e decisões geralmente são relativas ao coração. Não! Não sou cardiologista, quis dizer que são coisas dos amores. E aqui também temos as grades do padrão.

Há pessoas que se prendem em paixões visivelmente falidas desde o início. Levam estes relacionamentos em banho-maria, sim, é comum, e numa crise um pouco mais ácida, pessoas como eu geralmente são acionadas para usarem o seu carma na tentativa frustrada de melhorar algo. Ao longo de vários ‘causos’ cheguei à conclusão que o padrão não cabe em relacionamento. A realização e a felicidade são muito pessoais para que possamos mensurar pelo outro. Como posso saber que um relacionamento doente, no meu padrão, poderá ser melhor às partes com o seu término? Como posso saber se a dor não é a melhor coisa para o outro?

Quem sou eu, e quem é você para saber se pode privar o outro com os padrões nossos? Ao trazer verdades absolutas privo as pessoas de serem pessoais, de serem únicas.

O problema é que nossas verdades são definidas para nós mesmos, não chegamos a verdades baseadas na vida de outro, e sim única e exclusivamente na nossa vida, mas ao aplicá-la não titubeamos um segundo sequer a atrelar um conteúdo particular em outra pessoa. Nossos padrões, nossas verdades e nossas conclusões são feitas na moldura de nossa vida, e para torná-las públicas devemos entender que os moldes de cada um são distintos. Uma vida “infeliz” do lado de quem ama, pode ser melhor que uma vida “feliz” longe desta pessoa, não importa em que a situação culminou, importa o bônus que te gerou, mesmo que isso contradiga o padrão, mas contradiz o padrão de quem? Ser doente é opcional, mas na clínica da alma a doença é difícil de ser averiguada. E ainda, quem disse que a doença não é algo bom?

Existem deformidades em nossas vidas que não esbarram em princípio algum, não confronta cristianismo, religião, bons costumes, moral e ética. Por que cessá-las?

Ao arrumarmos nossas vidas partimos da premissa do alcance da perfeição, como se aquele pequeno erro quando sanado transformaria a vida por inteiro e tiraria toda e qualquer mácula. Doce ilusão!

Cá entre nós, mesmo que limpássemos qualquer sujeirinha causada pela falta de padrão, sempre algo sobraria, já que somos falhos. Então por que limpar aquilo que nos dá prazer? Já que sempre resta algo não-padronizado, que demos preferência ao “despadronizado” prazeroso.

Quero e vou gozar no final!*

*parafraseando Rita Lee

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Felicidade, quão bom não tê-la

Pelo MSN hoje tive uma conversa interessante com um amigo meu, Yuri, de São Carlos, torcedor do São Paulo assim como eu, e ainda nutre um fanatismo pelo time de sua cidade, que talvez tenha o mesmo nome dela, sim, acredite, existe um time de futebol em São Carlos, ainda mais: existe alguém que torce para ele. Enfim, não se trata de futebol minha abordagem, aliás, só escreveria sobre isto caso tivesse uma arma apontada a minha cabeça me obrigando a este ofício.



Falamos sobre felicidade, por questão ética me atenho apenas ao assunto principal. Felicidade certamente é uma das palavras mais faladas, em contrapartida a menos explicada. Fato: discorra mentalmente a definição de felicidade. Vamos facilitar, dê um sinônimo plausível para ela. Defina-a em apenas uma vivência pessoal.



Enfim, o que é essa tal felicidade?



Sabemos que temos um affair com o desconhecido, até temos certa curiosidade não que ela implique em conhecer o diferente, mas a curiosidade é algo peculiar nosso, porém o interessante é que buscamos tanto a felicidade, mas valorar, mensurar e “estereotipar” a tal é algo impressionantemente complexo.



Essa é uma discussão antiga, Aristóteles já tentou defini-la, achando eu que o filósofo grego não logrou êxito, já que se tivesse conseguido, seguramente todos nós teríamos sua definição na ponta da língua, tamanha a importância que a felicidade tem em nossas vidas.



Quero dizer o que penso sobre felicidade, não tenho a pretensão de defini-la, seria atitude demasiadamente petulante ousar isto... Mas tenho algumas abordagens...



A felicidade pode estar ligada a realização. Sim, é fato que isso levantaria seu pensamento como algo transitório, passível de ser alcançada facilmente, ou ainda num ato ambicioso ser lançada em realizações posteriores, e em casos de ambição crônica, talvez nunca ser alcançada. Sim. Não consigo entender a felicidade como algo fixo, com endereço e caixa postal. A felicidade está ligada com a inconformidade. Insanamente posso dar uma máxima: a felicidade é a própria busca dela. Aquele que acredita ser feliz acredita ser realizado, e isso gera um ostracismo que me enoja.



Lembro-me do meu primeiro mês de trabalho, conversando com um gerente, disse a ele: “Falta apenas 34 anos e 11 meses para eu me aposentar.” O descanso em nossa mocidade parece proporcionar mais gozo que o movimento. Acredito que ao ver um senhor aposentado lavando a calçada às 5h, naquele frio ártico, faz-nos refletir que talvez a cama quente deste senhor não tenha o mesmo gosto doce que pareceu ter em sua juventude, em seus devaneios de descansar, ou os conceitos do prazer no ócio mudaram ou ele não tinha a exata visão do verdadeiro prazer? Felicidade me parece ser motivado, felicidade me parece ser não parar, felicidade me parece ser ambicioso. Felicidade me parece estar ligado a movimento.



Fato é que podemos ir de Aristóteles a Oprah na saga da resposta para tal felicidade, porém pra mim vejo apenas a seguinte pergunta se metamorfoseando numa afirmação: A felicidade não existe?



Existe para quem a limita, mas felizes mesmo são os que não a encontram, pois estes se movimentam.











No próximo texto, falarei sobre padrão, com certa ligação a este tema.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

O passado deve ser peneirado

Hoje, como toda boa segunda-feira fui à aula me arrastando, bem no final do meu dia letivo, tive uma surpresa agradável, não pelo evento em si, mas por saber o que poderia escrever algo para o meu blog.



Amanhã teremos eleições para a nova administração do Centro Acadêmico da Faculdade, e hoje o pensamento de uma chapa me chamou a atenção. Vieram com uma proposta marxista, acusando a faculdade de ter apoiado o regime ditador (o que de fato aconteceu), e clamando por um socialismo, não tão explícito, mas digamos, bastante declarado. Depois de uma “direção” um pouco mais ríspida do professor, os pequenos marxistas abrandaram seu discurso, que a meu ver, como todo e bom discurso socialista: utópico.



E o que mais me chama a atenção é mantermos algo com o passado que não geram nada, que nunca geraram nada e que pela tradição deste pensamento, não hão de gerar mais nada! Confesso que existem ensinamentos antigos que reverberam seu sucesso até hoje, temos ótimos exemplos, mas muitas vezes nos confundimos, o fato de ser rústico, arcaico e ainda ser comentado não faz desse idoso pensamento padrão de qualidade e digno de ser seguido.



No caso descrito acima, todos, absolutamente todos os países que foram contra este movimento tiveram um desenvolvimento maior, ainda assim, a corrupção intrínseca do ser humano jamais caberia num pensamento social, cheira a golpe. Diga Fidel.



Não tenho a mínima intenção de fazer uma monografia aqui, encerro o socialismo e me atenho às idéias.



Quantas coisas trazemos simplesmente por “memorial”, por tradição, por nunca ter mudado ou por ouvir alguém há séculos falando a mesma coisa. Todo esse acervo nostálgico cria em nós receio com o novo, uma síndrome de pânico à novidade. E isso certamente nos prejudica.



Sim, sei que o exercício de repetição é muito mais simples que ousar algo inovador, mas então, se não ousamos o novo temos que estar fadados a nos conformar com o resultado, sem sequer esboçar um sussurro de decepção.



O que me surpreende é que a artes e a ciência não evoluem concomitantemente. Em questão dos meus vinte e poucos anos vi o celular nascer, crescer, diminuir e ser um item de primeira necessidade com inúmeras funções. E também num espetáculo inverso a este, vi que as pessoas ainda não aprenderam a se entender, não aprenderam a se suportar, e ainda baseiam-se no conceito de amar, como algo mais pessoal do que relacional.



Já recebi algumas críticas por me declarar egoísta. Pior que ser egoísta, é achar que o passado movimenta o presente!



Acredite no novo, senão em breve, seu celular amará mais que você.



Egoísta, sim! Conformado, JAMAIS.







“Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente. A gente muda o mundo na mudança da mente.”



Gabriel Pensador

Chega nº 4

Nada como um dedo de revolta nesta segunda-feira...



Chega dessa geração enlatada! Chega de pessoas projetadas, quero naturalidade: chega de mulher fruta regada a hormônio, chega de homem marombado e que se depila mais que mulher! Chega, vamos comer chocolate e picanha!